sábado, 2 de agosto de 2008

Rigidez... Quebra...


Tudo que é muito rígido, muito cheio de métodos, de limites, chega num momento em que alguma coisa se rompe, muitas vezes definitivamente, irreversivelmente...
Normas, pessoas, relacionamentos, conceitos, tudo...
Normas rígidas são burladas, pessoas rígidas se entristecem, relacionamentos rígidos tendem ao fracasso, conceitos, nem se fala, todos os dias precisamos rever nossos conceitos para que não se cristalizem na pequenez da nossa (in)compreensão...
Acredito que precisamos nos flexibilizar para podermos absorver a vida em todas as dimensões em todas as suas nuances...
Pessoas muito rígidas não podem ser felizes pois não conseguem enxergar cores, não percebem aromas, sensações, delicadezas,não sabem dançar, não percebem formas..., pessoas rígidas menosprezam os outros por serem diferentes, abafam qualquer possibilidade de mudança, de alegria de espontaneidade...
A vida rígida não mostra possilbilidades de surpresas, de motivos, de renovação...
Tudo é igual sempre igual, cansativamente igual...
Estou um pouco cansada da mesmice que a minha vida se tornou, eu não sou igual, nunca fui e não pretendo ser nunca!
Tenho muitos sonhos, muitos vislumbres que ainda pretendo ter, não quero entrar em nenhuma forma, responder exatamente como todos esperam que eu faça, quero surpreender, ter atitudes diferentes diante das mesmas situações...
Minha vida acabou de recomeçar, aos 40 e isso pra mim vai ser muito importante e definitivo...
Não quero mais deixar que as pessoas detonem com meus sonhos com palavras duras que se transformam em pedras matando todos os brotos dos meus sonhos, minhas aspirações...
Não quero pessoas me julgando por minha aparência ou por minhas opções...
Quero ser livre e conviver com todas as pessoas do meu círculo de amizades por que eu posso escolher estar ou não estar ali e não por uma obrigação doente e doentia que maltrata não só a nossa alma como nossa mente e nosso corpo, pois tudo que me afeta na essência desestabiliza meu ser como um todo...
Quero ser respeitada como ser humano, como alguém que está experimentando e não tem a obrigação de ter sempre a mesma resposta...
Quero chorar sem ter que dar explicações, quero chorar... já não consigo libertar uma lágrima "faz tempo", a rigidez mata até o sentimento mais guardado no fundo do coração que se empedernece se fechando para tudo o que entra e não conseguindo partilhar nada com ninguém...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Saiu...


Hoje vejo muitas coisas de uma forma mais ampla, de outro ângulo, diferente do que sempre vi...

Compreendo algumas coisas um pouco mais do que sempre compreendi...

Isso não me torna melhor nem mais importante que ninguém, apenas marca mais uma etapa do meu aprendizado nessa existência, me torna mais responsável pelos meus atos, por minhas atitudes, pela forma como me relaciono com as outras pessoas...

Tenho algumas dificuldades de relacionamento com algumas pessoas, não sou de briga, nem de ficar batendo boca com ninguém, eu lido de uma forma menos explosiva, mas que sei, machuca tanto quanto um tapa na cara; sei que posso ser melhor, mas muitas vezes, eu simplesmente não consigo, não me permito...

Existem pessoas na nossa vida que nos magoam, nos tratam como se fôssemos nada e não se tocam disso, sei que também devo fazer milhões de coisas com as pessoas que também as perturbam, mas que eu talvez nem perceba como isso pode ser ruim para elas...

Todos merecemos uma segunda chance, e sei que muitas vezes precisamos dar mais chances do que teremos para as outras pessoas...

É muito difícil nos colocar no lugar do outro, ainda mais quando nos cobrimos de razão e colocamos no outro toda a responsabilidade da nossa não aceitação daquela atitude naquele momento, afinal de contas " estamos certos e ele errado".

Precisamos nos colocar de uma forma mais humilde e de resignação para podermos compreender as motivações alheias, compreendendo que cada um reage da forma como está preparado para tal...

Não podemos esperar atitudes de universitários de quem ainda está sendo alfabetizado...

Nós esperamos do outro que ele tenha o raciocínio e o sentimento parecido com o nosso, mas muitas vezes para ele é impossível agir dessa forma...

Ao invés de fazermos aos outros o que gostaríamos que se nos fizessem, cobramos dos outros o que nós achamos que seria certo naquela situação, pois achamos que nossa reação seria outra, nós nunca faríamos assim, nos colocamos em outro nível, sempre num patamar acima de todo mundo...

Ia falar sobre uma coisa e mudei completamente o rumo do assunto, talvez isso precise sair antes...

Estou esquisita hoje...

Paz e luz pra todos e pra mim...

Beijos!

terça-feira, 8 de julho de 2008

40 anos...


Agora, estou praticamente na fase final da primeira etapa da minha vida, espero que a minha vida realmente comece aos 40, como no clichê, mas sinto que estou mais bem preparada para resolver certas coisas em minha vida, dar a devida importância ou o devido menosprezo às diversas situações que se nos apresentam...
40 anos é uma idade maravilhosa, na qual temos a verdadeira noção do que somos, do que fomos, do vamos ser daqui pra frente, e o que eu gosto mais é que a opinião de ninguém é mais importante que a nossa própria e nós temos opinião...aliás acho que é o que mais temos...
Temos também sonhos, projetos, planos, e todos são pra agora, não são mais de longo prazo...o tempo é algo maravilhoso, sempre mudando e sempre renovando as coisas e as pessoas e a forma como nos posicionamos...
Sabedoria, sempre tão necessária, sempre tão benvinda, sempre deve estar em nossas preces, pois a verdadeira sabedoria, nos eleva em termos de compreensão de nós mesmos e dos outros, das nossas dificuldades e dos nossos defeitos, compreendemos também que tudo muda, tudo que é pode deixar de ser; e o que ainda não existe pode começar a existir do nada...
Quando tomamos as rédeas fica mais fácil, não estou aqui dizendo que antes dos 40 a vida não tem rédeas, estou dizendo simplesmente o que acontece comigo, conheço inúmeras pessoas que já conseguem ter rédeas de suas vidas desde sempre, parece que nascem sabendo controlar, eu não sou assim, potência não é nada sem controle, e controle não é nada sem vida, creio que o equilíbrio asserena nossas vontades e instintos sem sentido...
Minha família sempre veio e ainda ocupa o primeiro lugar da minha atenção e carinho...
Amo meus pais, meus irmãos, meu marido e sou completamente apaixonada por minhas filhas...
Meu sonho e plano atual é me tornar uma tatuadora de respeito, que as pessoas gostem do que eu faça...
Quero ser feliz e fazer de tudo para tornar feliz quem está próximo de mim, dentro das minhas possibilidades, obviamente.
Sou espírita, sigo a linha de Alan Kardec, e sei que a partir do Evangelho temos a possibilidade de atingirmos a plenitude em nossas vidas.
E o que mais se pode pensar ou querer com 40 anos além de ser plena...
Muita paz e luz sempre, para todos...
Faltam

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Aprendiz de Tattoo Artist...


Estou numa nova fase na minha vida, estou fazendo um curso para tatuar, descobrir novos horizontes novas possibilidades em minha vida, em minhas capacidades...


Eu sempre gostei muito de tatuagens em mim e em outras pessoas, não tenho mais em mim, por causa do Xandi, ele é um pouco preconceituoso com relação à tatoos em mim.


Acho que a tatoo saiu do underground e passou a um outro nível de status, mais condizente com a arte que ela representa, afinal é uma tela em movimento, é a arte nas pessoas, na pele, que evolui e acompanha a vida, com significados dos mais diversos, que choca e toca cada um de um jeito, não exclui, é atemporal, é viva...

Estou treinando muito, desenho, sombreamento, cores...

É um mundo novo que se descortina e se torna próximo, começa a entrar pelos poros, você pensa e respira tatoo, começa a imaginar imagens, se ficariam legais numa tatoo, o que rola e o que definitivamente não dá nem pra pensar, daqui alguns anos...

Por ser pra sempre nessa vida, nessa veste material que nos reveste, é bom que seja algo que represente um sentimento visceral, internalizado e não reações a algum acontecimento ou contingências que se nos apresenta...

Reformei minha primeira tatoo, e percebi que gosto mais ainda dela, e que realmente eu sabia exatamente o que queria...

Espero que todas as pessoas que forem tatuadas por mim fiquem muito felizes com o resultado, e que eu possa captar exatamente o que elas desejam passar através da tattoo...

Estou muito feliz e cheia de esperança com esse novo desafio...

Paz e luz sempre...

domingo, 16 de março de 2008

Pai e Mãe, ouro de mina...


Meus pais são pessoas abençoadas e maravilhosas, agradeço a Deus por eles terem me acolhido nessa existência, agradeço tudo que sou a eles, à forma como me passaram todos os valores da vida e exemplificaram com suas atitudes.
Eles sempre foram e são muito amados por mim e tenho certeza que me amam da mesma forma.
Tenho muito orgulho e satisfação por eles serem quem são...
Meu pai, um homem honrado como poucos, uma pessoa sem grandes ambições, que no seu silêncio muitas vezes diz mais do que seríamos capazes de falar com palavras inúteis.
Não tenho mais ilusões de pessoas perfeitas, como se tem quando criança, meu pai é meu herói, com todas as suas qualidades e seus defeitos, um batalhador, uma pessoa que a gente pode contar, quando se está pra baixo, ele não deixa a gente desanimar e nem deixar a peteca cair.
Eu gostaria de retribuir a ele tudo que ele sempre me deu, todos os ensinamentos e exemplos, quero que ele saiba que sempre poderá contar comigo pra tudo, tô aqui pai, sempre.
Obrigada papai, por ser você!!!
Te amo demais.
Minha mãe, é minha amiga, a gente se fala sobre tudo, ela me ouve e eu a ouço, nós trocamos experiências e dúvidas.
Minha mãe é muito jovem, ela adora descobrir coisas novas e se descobrir todo dia.
Somos mais próximas, agora, acho que os filhos compreendem melhor os pais quando são pais, deveríamos ouvir antes de falar, mas os jovens aprendem a gritar antes de ouvir, eles só escutam sem ouvir e perdem a metade da experiência nessa gritaria.
Minha mãe sempre trabalhou muito e eu a admiro por isso.
Mamãe, te amo demais.
Obrigada por ser como você é.
Queria ter aproveitado mais meu pai e minha mãe, quando ainda convivia com eles na mesma casa.
A internet, nesse caso, é uma benção que nos aproxima, pois permite a filhos e amigos se falarem constantemente e aproxima distâncias que são só físicas, pois o que realmente importa é quem mora dentro do nosso coração.
Os dois estão lá, num lugarzinho muito especial e aconchegante.
E eu os acalento todos os dias com vibrações de carinho, saúde e esperança.
Estou aqui para o que der e vier...
Amo vocês de paixão...
Ouro de mina é muito mais difícil de se achar e pra mim tem um valor que dinheiro nenhum paga.
Queria escrever sem parar, mas o essencial já foi dito, e como já foi dito um dia "o essencial é invisível aos olhos...", que Deus sempre os abençoe, guarde, ilumine, guie e proteja sempre...

Beijos,

Carla Gontijo

domingo, 9 de março de 2008

Ser mãe...


Ser mãe é a coisa mais maravilhosa que me aconteceu!
Quem é mãe me entende, nossa vida dá uma volta de 180 graus...
Ser mãe, ficar grávida, amamentar, acalentar o bebê no colo e tudo que a maternidade traz é muito especial e irreversível, é um movimento que transforma a vida em antes e depois, você nunca mais volta a ser o que era e o que é melhor, não quer e nem imagina como era sua vida antes desta magnífica experiência.
Tenho duas filhas maravilhosas e completamente diferentes entre si, eu as amo muito mais do achei ser possível amar alguém, isso é impressionante...
Quando eram bebês eu as pegava no colo todo o tempo, adorava, amamentei as duas por mais de um ano, fiz massagem nelas para estimular seus reflexos e aumentar o nosso contato, acho que chamava Shantala, faz muito tempo..., somos muito próximas...
Eu as respeito como seres humanos, com suas diferenças e dificuldades, são minhas filhas, mas antes de tudo são espíritos com toda a sua bagagem e erros a resolver, tento passar pra elas as melhores experiências que tive e tenho, como exemplo, mas o importante não é o que se fala e sim o que se faz, procuro basear minhas atitudes nas coisas nas quais acredito, no amor, no perdão, em Cristo.
Ninguém é perfeito então ninguém pode cobrar perfeição dos outros, algumas pessoas são mais sensíveis do que outras, conseguem perceber com mais facilidade, mas ninguém é melhor que ninguém e nem mais importante, somos pessoas diferentes vivendo e compartilhando essa experiência terrena juntos.
Minhas filhas estão na fase pre e adolescente, uma fase complicada de rebeldia de contestação de valores, de imposição de ideais, de querer sempre ir contra tudo, mas eu também já estive lá e compreendo perfeitamente a urgência dessa idade, "tudo é pra ontem e pra sempre", mas eu tenho certeza que quando passar e elas puderem ver a vida com mais calma e com mais foco, elas compreenderão que não há necessidade nenhuma de correr com tudo, porque uma coisa que não para nunca é o tempo e muitas atitudes que temos hoje podem interferir de forma completa na direção que sua vida vai tomar...
Sei que a experiência de ninguém tem valor para outros, mas conselho e prudência não fazem mal e nem eu nem Xandi nos cansamos de falar com elas sobre todos os cuidados que devem ter, sobre as coisas que podem acontecer e qual é nossa opinião sobre fatos que se nos apresentam seja em jornais, ou na escola, ou na internet, hoje em dia as coisas acontecem mais rápido do que podemos absorvê-las ou raciociná-las.
A criação de filhos hoje em dia é um desafio muito grande, com tanto desvirtuamento de valores e com todos os princípios passados a nós por nossos pais sendo jogados no lixo todos os dias.
Fico pensando no futuro da sociedade e me preocupo muito com as pessoas e seu convívio, mas como podemos ver só uma parte e não o todo, espero que tudo em algum momento se encaixe e o mundo fique melhor para elas e seus filhos e para os filhos de seus filhos...
O que eu mais desejo para minhas filhas é que elas tenham uma experiência produtiva nessa vida, na edificação de seus seres transcendentes, que elas possam enxergar além da experiência da matéria.
Quero que elas saibam que podem sempre contar comigo para o que for preciso e também quando só quiserem um colinho de mamãe...
Quero que elas sejam mulheres de bem...
Beijos,
Carla Gontijo

sábado, 8 de março de 2008

Dia das Mulheres???

Enquanto as mulheres não aprenderem a se respeitar e impor respeito à sua condição, não existe dia internacional da mulher ou o "escambau" que valha alguma coisa.
Enquanto as mulheres se deixarem ser tratadas como meros pedaços de carne, elas não terão oportunidades como seres humanos dignos de algum respeito.
Muitas mulheres se reduzem a bundas, peitos e rostos plastificados, enquanto o cérebro se atrofia e se amofina na prisão que elas próprias se imputaram da aparência, da igualdade que nunca foi tão desigual do que em todas as épocas.
A luta das mulheres no passado por empregos e salários iguais aos dos homens, o direito ao voto, à voz e a vez...
Pra que?
Pra que voz, se só se vê "bunda"?
Pra que vez se somos cada vez mais desrespeitadas pelas músicas e movimentos "culturais" que nos reduzem, e o que fazemos?
Aceitamos ser "tchutchucas" ou "cachorras", ou coisas muito piores e fica tudo bem.
Nossas crianças estão crescendo criadas por nós mulheres vendo um mundo, onde exigir respeito não existe, onde palavras de mal gosto e palavrões fazem parte do cotidiano.
Queria um mundo melhor para nossos filhos...
Quero.
Um mundo, onde não seja necessário um dia para que se lembre que as mulheres são importantes no contexto mais básico do mundo, a geração e a criação do futuro...
Está nas mãos dessas mesmas mulheres que estão rindo da sua própria situação e achando uma enorme graça na forma como são tratadas (como se isso fosse a coisa mais normal do mundo), está nas mãos delas passar valores de uma sociedade que está cada vez mais fria e cinza para nós e para todos.
A liberdade tomou dimensões extraordinárias, e ultrapassou todos os limites e todos os nossos princípios.
Vamos mostrar às nossas filhas que elas merecem muito mais do que têm recebido hoje em dia.
Vamos mostrar para nossos filhos que as mesmas meninas, que hoje são só curtição, serão as mães dos filhos e filhas deles amanhã.
Somos as melhores pessoas que podemos nos dar hoje e prometer para o futuro?
O que podemos esperar de mulheres que deixaram que esse dia de alerta e transformação passasse a ser só mais uma data comercial, para enriquecer mais um pouco nossa sociedade altamente machista?
Flores, bombons, telemensagens, roupas ou jóias?
Muito obrigada, prefiro minha parte em respeito por parte da sociedade a todas nós mulheres.


Hoje estou em protesto.


Beijos,


Carla Gontijo


P.S. Aceito apoio ou desacordo, não posso nem sou dona de nenhuma verdade absoluta, mas é nessa verdade que eu acredito e defendo hoje.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Espera...

Me sinto presa num hiato da vida.
Num lapso do tempo.
Num atmo do nada.
Tudo para, tudo espera.
O próximo movimento é meu.
Todos me olham.
Aguardam.
O que ela vai fazer?
O que esperamos...
Qual a perfeição na qual me moldam...
Esperam certezas, porém só tenho dúvidas.
Não posso oferecer o que esperam.
Não consigo ver através da janela que vislumbram.
Não distingo ainda os vultos,
reconhecendo qual deve ser minha atitude.
Aguardo o movimento.
Aguardo...
Aguardo...
Espero não perder o tempo para me libertar,
seja do que for.
Pois preciso sair desta fresta e caminhar...


Escrevi isto há umas 2 semanas.

Beijos,

Carla Gontijo

terça-feira, 4 de março de 2008

E foram felizes pra sempre...


Todo mundo já viu vidas de filmes ou livros, nas quais todas as coisas acontecem como num mar de rosas e o céu sempre é azul...
Novidades, isso não existe, o casamento consiste em querer fazer dar certo e ter compromisso para não deixar que pequenas coisas do cotidiano tomem proporções além da nossa capacidade de lidar com elas.
Todas as pessoas no mundo são diferentes umas das outras e é isso que nos torna interessantes , se fóssemos todos iguais não haveria troca e ninguém ganharia nada com a experiência do casamento ou até mesmo de uma amizade...
Eu e Xandi, quando nos casamos, depois de 7 anos entre namoro e noivado, não tivemos muitas surpresas, nem boas e nem ruins, o que já é muito bom, nos conhecíamos e sabíamos as coisas que poderiam incomodar um ao outro...
É claro que aquela tradicional implicância com a pasta dental apertada no meio rolou, mas ainada bem que já existiam bisnagas de plástico então a paz reinou novamente.
Eu sou da paz, não gosto de brigas ou confusões, nem o Xandi, por um lado a vida fica muito mais civilizada, mas por outro você não sabe se realmente está tudo bem ou se é só porque não vale a pena perder o controle.
Prefiro a primeira opção, já que eu acho que por mais civilizadas que as pessoas possam ser, chega um ponto que a baiana roda e o barraco vem abaixo...
Nossas maiores diferenças, acho que se tornaram mais visíveis depois que tivemos nossas duas filhas, que eu amo de paixão, mas que dá outro capítulo inteirinho...
Temos algumas divergências quanto a forma de criá-las, cada um de nós acha mais importante coisas diferentes para elas, mas no final isso se torna positivo, pois cada um de nós quer o melhor pra elas, mas de forma diferente, então acho que elas saem no lucro...
Nós não temos o hábito de brigar ou bater boca por qualquer coisa...
Nós procuramos conservar certas coisas que muitos casais deixam morrer com o tempo, o "eu te amo", o beijinho quando sai e quando chega, um carinho nas costas ou no rosto, abraços apertados, e várias coisinhas que no final fazem grande diferença.
Meu marido é meu amigo e meu companheiro, eu o admiro, e brincamos muito com coisas do cotidiano...
Curtimos muito nossas filhas e nossa vida...
Consigo me imaginar velhinha com ele, acho que isso é bom, não é?

Por hoje é só...

Beijos

Carla Gontijo

sábado, 1 de março de 2008

Cara Metade...








Toda menina sonha com um príncipe encantado que venha num cavalo branco e te defenda de todos os perigos...
Mas, um dia a gente cresce e percebe que essas histórias são só contos de fantasia e passa a buscar um companheiro, alguém pra dividir as alegrias e as tritezas, alguém que esteja lá, mesmo quando você está de baixo astral ou quer fazer alguma coisa maluca, uma pessoa que sonha junto, que apoia suas decisões, mas não acha que tem que pensar igual, ao invés disso acrescenta com pontos de vistas diferentes e cresce junto.
Quando nos encontramos pela primeira vez, não vou mentir e dizer que ouvi sininhos, ou que foi amor a primeira vista, foi uma conquista...
Ele não chegou num cavalo branco ou com armadura, ao invés disso ele me apareceu com um Dodge dourado, e com um jeito que me cativou, naquela época quando a gente queria namorar alguém, a gente ia "ficando" até ver se valia a pena ou não, mas ele do nada vira pra mim e pergunta com todas as letras: "Você quer namorar comigo?" e eu, como nunca esperava uma pergunta daquelas caí na gargalhada e como ele não me acompanhou na risada, me contive e perguntei se era sério...
Quando ele disse que era, eu fiquei sem ação, pedi um tempo pra pensar (que coisa mais clichê),
depois de 5 minutos ele perguntou se eu já tinha pensado, e eu disse que tudo bem...
Engraçado, me lembro como se fosse hoje, nós descemos do Dojão e fomos ao Pop Pastel, onde ele encontrou uns amigos e já me apresentou como sua namorada, eu pensei, esse cara é positivo...
Nós namoramos aqui em BH por 4 anos e meio, e quando me formei, voltei pra Patos, e namoramos mais 1 ano e meio à distância, depois pra não parecer que ele tava me enrolando demais, ficamos noivos por mais um ano, até que "eu" pedi a mão dele em casamento, por telefone, e ele aceitou...
Nos casamos no dia 20 de novembro de 1993, foi um casamento bastante animado, muito lindo, com muitos amigos meus e dele, foi uma festança...
Aqui caberia um, e foram felizes pra sempre, só que o que nenhum conto conta é que a vida começa para um casal depois do casamento...
Depois conto como começou...
Beijos

Carla Gontijo




sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Leitura



Desde criança sempre fui uma leitora compulsiva, daquelas que pegava um livro e não largava enquanto não acabasse...
Me lembro de quando tive caxumba, minha mãe me deu um livro e eu devorei, nem me lembro da caxumba, só me lembro de ter lido e amado a experiência.
Li muito na minha vida, lia de tudo, vou citar alguns que me marcaram na infância:
O Menino do dedo verde, Meu pé de laranja lima, Fernão Capelo Gaivota, Pollyanna, Pollyanna Moça, O Diário de Anny Frank, O Pequeno Príncipe, A Chave do Tamanho, todos da M. Delly...
Tantos outros que nem sei, li demais, teve uma época que eram pelo menos 2 livros por semana, e eu não escolhia os mais fininhos eram livros de mais ou menos 500 páginas...
Na faculdade li O Capital, O Sangue dos Outros (5 vezes) me marcou demais, e muita coisa relacionada ao curso, aí não era por diversão, era pra estudar, mas ficava mais fácil já que estava acostumada...
Depois de adulta ainda li muitas coisas Eram os Deuses Astronautas, O Livro dos Espíritos, romances espíritas...
Quando me tornei espírita li os outros 4 livros da decodificação e muitos do Chico Xavier, o que eu mais amei de todos os livros que já li foi Paulo e Estevão, um livro maravilhoso, emocionante, que te transporta a outra realidade e te traz sentimentos muitas vezes ignorados por nós nessa vida, não leio mais romances espíritas só gosto de ler livros do Chico.
Acho que a qualidade do que se lê durante a vida influencia muito do que somos...
Livros são experiências que outros imaginaram e que cada um tem o direito de ler e interpretar da sua forma, o mesmo livro pode ter várias interpretações de acordo com a bagagem de quem o lê.
Recomendo o incentivo à leitura por pura diversão, o que é cada vez mais raro num mundo tão rápido e onde as crianças encontram tudo pronto em filmes que limitam suas imaginações...

Livros agora...


Carla Gontijo

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Escolas


Os primeiros dez anos da minha vida estudantil passei em um colégio de freiras, na minha cidade querida - Patos de Minas, tanto que com 12 anos de idade queria ir para o convento, ainda bem que desisti em tempo, já pensou, eu freira??
No Colégio das Irmãs tive uma educação religiosa que preparou meu caráter de uma forma bastante íntegra, tinha algumas amigas a Myriam, a Paula, a Gislene, a Stela e Gabriela(gêmeas), a Gisley, o Joannis, o Maurício e outros tantos que não encontro mais há muito tempo, a gente fazia algumas aventuras, como explorar cantos proibidos para alunos e brincar com os jabutis que ficavam no segundo andar...
Quando fui fazer o primeiro ano do segundo grau, fui para a Escola Estadual, eu e a Paula.
Não foi ruim, mas também não foi maravilhoso, foi válido como experiência, mas no segundo ano, a Paula voltou para o nosso antigo colégio.
E eu fui para o Colégio Marista, onde tive alguns colegas, mas que não me lembro muito bem de todos, lembro do Marcelo(filhote), o Arlindo, a Maria Almira, e tem mais mas não consigo lembra os nomes...Meu primeiro namorado era dessa minha turma.
Quando fiz meu primeiro vestibular, eu tinha 17 anos, e fiz para Arquitetura em Uberlândia, mas eu queria ir para BH, então na segunda etapa do vestibular eu não fiz nenhuma questão de matemática, pra não correr o risco de passar e ter que ir para Uberlândia(nada contra, só não queria morar lá).
Então fui morar em BH e fazer cursinho no Pitágoras, cursinho na área de exatas (extensivo), só que a gente tinha um professor tão gente boa, de Biologia(biológicas) que eu seguia ele em todas as aulas, ele se chama Ênio, nem sei por onde anda, se ainda existe ou se ainda dá aulas...
Sei que no meio do ano me inscrevi para o Vestibular da Puc de Administração(humanas) e passei em 12 lugar foi muito legal, o trote na minha casa, a alegria, o alívio que se sente, acho que é melhor do que quando a gente forma...
Na calourada todos os veteranos vieram com um barulho ensurdecedor pelos corredores, eu não tinha a menor idéia do que estava acontecendo, eles entraram na sala, pintaram as meninas com batom, queriam dinheiro, e eu sempre duranga, só com o dinheiro do ônibus, fiquei apavorada.
No meio daquela gente toda tinha um tal de alguma coisa inho que disse que eu era "peixe" dele, achei que ele tava me chamando de outra coisa, mas depois descobri que peixe era protegida, então era pro pessoal maneirar no trote comigo.
Durante as brincadeiras apareceu outro cara também querendo me pescar, chamado Alexandre, que uma amiga da faculdade até já tinha me mostrado falando que ele era um gato, e eu disse não faz meu tipo.
Pra quê?
Depois do trote estamos juntos há 22 anos... kkkkkkkkkkkk
Boca fala...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Começo...


Se eu puxar bem pela memória, acho que me lembro de algumas coisas da minha infância, mas são poucas, nem sei bem porque, acho que travei alguma coisa em alguma época, mas nada que me incomode...
Me lembro de uma vez que brinquei com meu pai, debaixo da mesa de jantar, eu tinha um monte de carrinhos de plástico (fuscas, kombis, corcel, caminhonetes,etc...), a gente brincou de estacionamento...
Me lembro de uma vez que minha irmã, sem querer ateou fogo na própria roupa, fiquei apavorada...
Me lembro do meu irmão, bem mais novo que eu engatinhando e batendo a cabeça numa quina, me assustei muito também...
Sorte que não houve nenhuma sequela...
Eu era uma criança medrosa, tinha medo do escuro, de dormir sozinha, via coisas no escuro do meu quarto, ia dormir na cama da minha mãe, como minhas filhas fazem hoje, eu acho legal como as coisas se repetem...
Minha mãe sempre trabalhava muito, muito, demais...
Minha mãe sempre comprava roupas novas, sapatos, pagava cursos de inglês, balet, era muito importante pra ela.
Eu amo muito minha mãe...
Minhas lembranças começam a ficar mais claras por volta de 11, 12 anos, eu tinha um diário e escrevia tudo nele: minhas angústias, minhas dúvidas, meus anseios, expectativas, paquerinhas(platônicos), coisas que não existem muito hoje em dia...
Me lembro que escrevia poemas, tinha poucos amigos, mas de qualidade, nunca gostei de andar com grandes grupos, apesar de ser bem extrovertida e conversar bastante, mas na maior parte das vezes preferia curtir música.
Minha vida não poderia existir sem música, eu achava que o tempo simplesmente não aconteceria se a música parasse, hoje minha filha mais velha é igualzinha...
Eu tinha mania de não pisar nas linhas da calçada, eu achava que alguma coisa terrível pudesse acontecer pelo simples fato de um pisão, ainda bem que passou ( já viu aquele filme com o Jack Nicholson - Melhor Impossível) pois é, eu era daquele jeito para andar na rua, não cheguei a tanto com relação a lavar as mãos e talheres descartáveis, hoje é engraçado, mas na época era muito ruim, e eu ainda não falava sobre isso com ninguém, pois achava que poderiam me achar maluca...
Brinquei de boneca até os 15, 16 anos, eu adorava minhas poucas bonecas, e brincava com minha irmã, e algumas vizinhas, me lembro da Júlia de Almeida (a cidade), tinha um irmão chamado Cláudio e o outro era... me esqueci.
Era legal, me lembro muito das músicas do filme Grease, adorava as músicas, já que não tinha idade pra ver o filme no cinema ( hoje tenho o DVD e vejo quantas vezes me der vontade!).
Meu primeiro beijo foi com 15 anos, achei péssimo, era um carinha que eu nem gostava direito, ainda bem que não deu em nada, eu acho que achei tão horrível que nem me importei em vê-lo de novo.
Depois tive meu primeiro namorado, e durou 1 ano e meio, adolescente sempre acha que tudo é pra sempre, só que esse sempre, sempre acaba.
Entrei na faculdade...
Depois conto mais...

Carla Gontijo

Quem sou eu??


Acho tão difícil dizer quem sou eu, acho que palavras não definem pessoas, e sim a emoção que carrega essas palavras...
Seria simples dizer sou assim ou sou assado e isso poderia não dizer nada, pois você não compreenderia a entonação da voz, talvez não pudesse conhecer a essência da pessoa pois sem a emoção a vida fica vazia, sem cor, sem fala, sem verdade...
Comecemos pelo básico.
Sou uma mulher com quase 40 anos, faltam 5 meses, mas incrivelmente me lembro de como eram meus sentimentos aos 10, aos 12, então compreendo minhas filhas apesar delas acharem que não, como eu também pensava com relação à minha.
Tenho 2 filhas que eu amo de montão, meus tesouros, mas sei que são só emprestadas que são do mundo, e preciso no pouco tempo que temos juntas prepará-las para tudo que existe, apesar de saber que ninguém consegue preparar a gente pra tudo que encontramos todos os dias.
Meu Rio Ipiranga se tornou com o tempo um Rio Amazonas, acho que sozinha não conseguirei gritar nada, a não ser socorro, já que também não sei nadar...
Sou várias coisas, cozinheira, arrumadeira, passadeira, manicure, cabelereira,secretária, contadora de histórias, artesã, tricotadeira(hahaha), crocheteira(hihihi) e o que mais precisar, mas me formei formalmente em administração de empresas, muito bom o curso para a vida e todo o resto.
Tenho muitos defeitos, algumas qualidades, tento me melhorar todo dia, vigiando minhas reações e ações...
Falei, falei e acho que não disse nada, mas depois tento falar mais um pouco!

Carla Gontijo